domingo, 5 de julho de 2009

Sonho 05 jul 2009 – 2h.


2095, estava escrito na parede. Estava frio e sufocante. Tudo estava [em ruínas,] enegrecido e muitas coisas queimavam. [Era noite e as chamas dos incêndios iluminavam tudo em vermelho e amarelo.] O arcanjo de cabelos curtos [alourados e sujo de fuligem] estava interrogando freneticamente aqueles recém-falecidos porque alguém sabia como pará-lOs. De alma em alma ele perguntava. Alguns não sabiam e ele ia os despachando para seus destinos. Era 2095 eu pensei, era 2095. Um santo padre estava agonizando, esquelético e tremendo de frio. Uma por uma, o arcanjo interrogava as almas dos recém-falecidos. Uma mulher, não muito jovem [na casa dos cinquenta ou sessenta anos, gordinha de cabelos curtos e claros] era a mais próxima [do que ele queria saber]. O conhecimento brilhava nos olhos dela. Ela sabia. Mas o medo brilhava nos olhos dela também. Medo de algo pior que o inferno. Ele implorava para que ela falasse. Ele também ameaçava. Ela chacoalhava negativamente a cabeça e não abria a boca mesmo para recusar. Ela preferia todo o inferno que a vingança dAquele que causava todo o mal na Terra. O Arcanjo finalmente suspirou e disse “pois bem, a condenação eterna, então”... Suspirou e impôs a mão sobre ela e ela se foi. Ele se deixou cair sentado, mãos juntas. O santo padre gritou desesperado e a Morte o tomou nos braços. Sua alma deixou o recinto, a cabeça dele tombou sobre o peito, um grito desdentado congelado no rosto dele. O arcanjo falou para si “ela preferiu a danação à vingança dEle”, e olhou para mim... “Diga que ela ainda não fez isso. Escreva para que quando a hora for certa, ela tome a decisão acertada e fale”. Algo explodiu silenciosamente e as coisas pegaram fogo. Ele gritou e me mandou embora. 2095 estava na parede. Acordei.

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